História

José Vicente Vicente
Fundador do Município

Por volta do ano de 1940, Tomaz Vicente Vicente, adquiriu, juntamente com o seu filho José Vicente Vicente, uma gleba de 110 alqueires de terras, da Fazenda Palmeira, ótima para o plantio de café, produto agrícola que eles conheciam profundamente , por serem uma família de tradicionais cafeicultores. Vinham de São José do Rio Preto e, para chegarem à dita terra, de caminhão gastavam quinze dias, tendo em vista o longo percurso da estrada e suas péssimas condições. Hoje, esse trajeto faz-se em menos de três horas. Como idealizava o plantio de café, o Sr. Tomaz Vicente Vicente, trouxe para as terras algumas famílias, ainda hoje com seus descendentes radicados aqui (Famílias Ressude, Scarpin, Galetti, etc).

Eram seis horas da tarde, quando entre tantos que ajudaram a levantar o Cruzeiro, estavam Antônio Galetti, André Ressude, Zacarias das Neves, Chico Bizelli e o entusiasmadíssimo José Vicente Vicente, sob o olhar feliz de seu pai, Tomaz Vicente Vicente. E naquela região semi-deserta, já podia-se ver, quais dedos apontados ao infinito, o símbolo sempre perene de Cristo. Cruzeiro este, feito pelas mãos hábeis de Donaot Botta.

Neste momento parecia estar presente o espírito da Pátria, agradecendo aqueles simples, humildes, mas gigantes sertanejos, que lhe ofereciam mais uma célula ao seu desenvolvimento.

Foi rezado o terço, feito por Maria Tiburtina de Jesus, mãe do “Chiquinho Carreiro”. Ao término da cerimônia religiosa ouviu-se o som de dezenas de rojões, acompanhado de tiros de revólveres e espingardas, numa alegre e sincera demonstração de júbilo pela Fundação do Patrimônio de Palmeira D´Oeste, naquele dia 13 de Dezembro de 1944, dia em que a Igreja comemora a data litúrgica de SANTA LUZIA, que ficou sendo a Padroeira da Nova Cidade.

Quem se inspirou e executou a Fundação do Patrimônio foi o Srº Orestes Ferreira de Toledo, que ao olhar ao seu redor, onde se erguiam dezenas de Palmeiras, exclamou: “O Patrimônio vai chamar-se Palmeira D´Oeste”.

O doador das terras para o Patrimônio foi JOSÉ VICENTE VICENTE, estando presente à doação uma das poucas testemunhas vivas, Dr. Edílio Ridolfo.

José Roveri era o “médico” e farmacêutico da época; Leovergílio Cardoso, o abnegado mensageiro postal, lutando com denodo na política, empenhou-se de corpo e alma na criação do Distrito.

O Distrito de Paz foi criado pela Lei Estadual nº 233, de 24 de dezembro de 1948. O Município foi criado pela Lei Estadual nº 5.121, de 31 de dezembro de 1958 e instalado em 1º de janeiro de 1960.

A Comarca de Palmeira D´Oeste foi criada pela Lei Estadual nº 8.050, de 31 de dezembro de 1963 e instalada em 26 de janeiro de 1969.
Em 1959, instalou-se a primeira agência Bancária, a do BANCO NOVO MUNDO S/A.E.

Em 1969, Palmeira D‘Oeste possuía 25.000 (Vinte e cinco mil) Habitantes. No censo de 1990, treze mil, e no censo de 1991, possuía 10.904 habitantes. O Município, que nos anos 60 foi considerado o maior produtor de banana do Estado de São Paulo, foi também grande produtor de café, algodão, arroz, milho, amendoim, mas as diversas adversidades de tempo (improdutividade, falta de incentivo ao agricultor, preços ínfimos na época das colheitas) originou o êxodo rural diminuindo em mais de 50% a população do Município, hoje com pequenas propriedades (936) rurais, produz em menor escala o café, seguido pelas uvas Rubi e Itália e cítricos (laranja, limão, etc.)